Era um dia de sol raro, após muitos dias de chuva. Estávamos sentados à beira do rio bonito, secando a pele já banhada de rio, sentindo o sol e observando o tintilar de seus raios nas águas. Observamos então, um redemoinho que imediatamente se tornou o centro da nossa atenção. Era um pequeno buraco com águas dançantes e coloridas pelas folhas do rio, luminoso com o toque do sol. O fluxo tinha um ritmo, não era um fluxo contínuo de entrada sem fim. Era um inspirar e transbordar movimentado por um redemoinho.
Me vi ali, em reza, admirando tamanha beleza, que me enfeitiçava, registrando com meus sentidos as nuances daquele ritmo selvagem e belo. Me senti como o fluxo, me nutrindo e transbordando e deixando passar também um tanto e logo após aprofundando e absorvendo a vida novamente. Eu era aquele fluxo, aquele rio, eu era aquele sensível ritmo.